Um filme cheio de cenas hilariantes e que ficaram para sempre na história do cinema.
Days of Heaven - Terence Malick - 1978
Rumble Fish - Francis Ford Coppola - 1983
O filme que mais vezes vi e que mais marcou a minha adolescência. Um filme baseado num pequeníssimo romance de S.E. Hinton sobre as lutas entre gangs de adolescentes em Tulsa. Com jovens actores como Matt Dillon, Mickey Rourke, Diane Lane, Nicolas Cage, Laurence Fishburne e Vincent Spano. Conta ainda com a participação de Dennis Hooper e Tom Waits. Banda sonora instrumental da autoria de Stewart Copeland (baterista dos Police) que também toca praticamente todos os instrumentos e que numa canção tem a participação vocal de Stan Ridgway (Wall of Voodoo).
Ainda de Francis Ford Coppola destaco os filmes The Outsiders (1983), The Cotton Club (1984) e Tucker: the man and is dream (1988).
Down by law - Jim Jarmush - 1986
Um filme diferente, como é apanágio deste realizador, que sobre uma banda sonora se vai desenrolando a história de 3 fugitivos - Tom Waits, John Lurie e Roberto Benigni. Destaco também Broken Flowers (2005) com Bill Murray.
Clint Eastwood - Bird - 1988
Clint Eastwood - The Bridges of Madison County - 1995
Actualmente é sem comparação o meu realizador favorito. Apaixonado por Jazz rodou um grande filme à volta do saxofonista Charlie "Bird" Parker, com excelente interpretação de Forest Whitaker. Realizou e interpretou com Meryl Streep uma história de amor, The Bridges, com a cena que me provocou maior nó na garganta. Destaco também os recentes Mystic River (2003) e Gran Torino (2008)
Nanni Moretti - Palombella Rossa - 1989
Nanni Moretti - Caro Diario - 1994
Destaco também Aprile (1998) e La stanza del figlio (2001)
Mo' Better Blues - Spike Lee - 1990
Um filme que fez avivar ainda mais o meu gosto pelo Jazz e pelo trompete em especial. Tocado por Terence Blanchard mas com Denzel Washington a dar muito bem a cara.
Dances with wolves - Kevin Kostner - 1990
Filme de grandes horizontes para ser visto em grandes espaços.
Nightmare before Christmas - Tim Burton e Henry Sellick - 1993
Um musical em animação cheio de creatividade e com um excelente banda sonora de Danny Elfman.
Forrest Gump - Robert Zemeckis - 1994
O filme que deu um óscar a Tom Hanks e mais cinco estatuetas em 13 nomeações. Com Gary Sinise e Sally Field.
The Shawshank Redemption - Frank Darabont - 1994
Impossível passar ao lado deste filme. Tim Robbins e Morgan Freeman nos seus melhores papeis.
Smoke - Wayne Wang e Paul Auster - 1995
Escrito por Paul Auster e interpretado por Harvey Keitel, William Hurt, Forest Whitaker e Ashley Judd. A pequena história de natal com que acaba o filme é memorável.
Roberto Benigni - Johnny Stecchino - 1991
Roberto Benigni - La vita è Bella - 1997
O primeiro é hilariante e o segundo é magistral. Benigni faz humor com a miséria, tal como Charlie Chaplin. La tigre e la Neve (2005) é poesia.
Le fabuleux destin de Amélie Poulain - Jean-Pierre Jeunet - 2001
Filme riquíssimo em pormenores, em humanidade e em humor.
A Cidade de Deus - Fernando Meirelles - 2002
Verdadeiro e arrepiante documentário sobre a violência nas favelas do Rio de Janeiro.
Lost in translation - Sofia Coppola - 2003
Scarlett Johansson e Bill Murray à velocidade da vida.
Diarios de Che Guevara - Walter Salles - 2004
Relato da viagem humanitária realizada em 1952 pelo estudante de medicina argentino Ernesto "Che" Guevara (Gael Garcia Bernal) e seu amigo bioquímico Alberto Granado (Rodrigo de la Serna), então com 20 e poucos anos, pelo continente sul-americano ao longo de mais de 8000 Km e durante 8 meses, montados numa velha mota Norton 500 La Poderosa.
Into the Wild - Sean Penn - 2007
Baseado na história verídica da aventura solitária de Christopher McCandless rumo ao Alasca e em busca da felicidade. Grande lição de vida no meio de grandes paisagens.
Para mim "The limits of control" de Jim Jarmusch não é bem um filme, é uma espécie de slideshow acompanhado da banda sonora ideal, tornando-se uma experiência bem sucedida de sensibilizar fotograficamente a nossa retina, o nosso cérebro e a nossa memória visual e auditiva. O filme é fantástico, abranda-nos o metabolismo, hipnotiza-nos e quase nos silencia interiormente. Tudo é lento e certeiro: as imagens e os sons são de tal maneira fortes que se eternizam - o controlo absoluto da expressão facial e corporal de Isaach De Bankolé; os repetitivas cenas na mesa das esplanadas com os "dois expressos em chávenas separadas", as caixas de fósforos e o persistente som de um motor de helicóptero; as pinturas do Museu do Prado; a mulher loira (Tilda Swinton) a rodopiar com a sua gabardina e guarda-chuva; os incríveis sons eléctricos da guitarra de Boris e Sun O))). Enfim, uma película que deixa marcas indeléveis e, acima de tudo, representa uma inteligente reacção/revolução contra a excessiva velocidade e poluição sonora do cinema actual.