s o n s . i m a g e n s . p a l a v r a s
12
Fev 11
joão semog, às 11:41link do post | comentar

 

 

Stranded Horse é o projecto acústico a solo do músico bretão Yann Tambour. João Tambor (assim seria o seu nome em Portugal) prefere cordas. Dedilha com mestria a kora (espécie de harpa africana) e a clássica guitarra dando uma sonoridade original às palavras que canta em inglês e francês. Qual cavalo selvagem, ora nos embala, ora nos trans(e)porta num crescendo galope de sons em contínua sequência hipnótica. Yann Tambour estreou-se magnificamente em Portugal no Clube Ferroviário em fevereiro de 2011.


17
Dez 10
joão semog, às 10:05link do post | comentar

 

 

 

 

 

Estranhamente as minhas escolhas deste ano vêm todas da América do Norte:

Admiral fell promises de Sun kil moon, a segurança do mestre Mark Kozelek.

How they are de Peter Broderick, o menino prodígio de Portland.

Acid and everything de Gem Club, a simples e frágil tristesa, ao piano e violoncelo.

The golden archipelago de Shearwater, a banda do homem-pássaro Jonathan Meiburg, que também viu editado o muito pessoal Buteo buteo.

Siskiyou, trabalho homónimo da banda canadiana, folk livre e suja.

The breakout de Will driving west, folk limpa e com muito gosto.

Lasted de Benoît Pioulard, a marca irreverente de Thomas Meluch.

Laptop campfire speed de Marco Mahler, uma guitarra para folk caseira.

I'm new here de Gil Scott-Heron, quem é forte regressa sempre para cantar.

e, de Portugal destaco:

At any given time de Francis Bell, a inesperada magia instrumental portuguesa.

 


04
Dez 10
joão semog, às 16:07link do post | comentar

 

The Divine Comedy é Neil Hannon. O concerto a solo deste músico irlandês de 40 anos no Teatro Maria Matos foi um belíssimo desfile de canções intemporais correspondente a mais de 15 anos de carreira. Com alguma surpresa saí contaminado pela sedução e humor da divina comédia e o resultado é, no mínimo, uma semana de audição compulsiva de todos os seus trabalhos...incríveis. E, particularmente para mim, foi também um momento especial. Foi a ocasião perfeita para fazer o baptismo da minha filha mais velha em programas musicais. Uma saída de pai e filha para ficar na memória. Tonight we fly.


22
Out 10
joão semog, às 11:46link do post | comentar

 

 

A sala em silêncio, um homem de negro, guitarra no colo sobre a perna cruzada, últimas afinações, notas ecoam no silêncio. Mark Kozelek esteve em Sintra, no Centro Cultural Olga Cadaval, para nos fazer sentir a melancolia do Outono e que já cheira a Inverno...e que bem sabe! Foi dedilhando as maravilhosas canções do álbum de 2010, Admiral fell promises, do seu projecto Sun kil moon. Temas tão bem tocados e cantados que hipnotizam, especialmente Alesund, Third and Seneca e também o mais antigo Carry me Ohio (sua terra natal). Rapidamente percebi que os meus olhos cederiam à medida que os meus ouvidos apuravam. Sintra arrefeceu, mas Kozelek foi-nos envolvendo com as grandes malhas que foi artesanalmente tecendo na sua guitarra.


14
Out 10
joão semog, às 18:56link do post | comentar

 

 

 

 

 

Portland, cidade do estado de Oregon nos E.U.A., tem sido destino frequente das minhas navegações na world wide web, sempre por águas tranquilas. Nesta cidade, conhecida como “Cidade das Rosas” tem brotado música da melhor qualidade. Muito eu tenho ouvido música dessas bandas. Não sou o único. Ricardo Mariano, através do seu excelente programa Vidro Azul (rádios RUC e Radar), tem sido um entusiasmado divulgador destas sonoridades. Vou educando o meu ouvido com a música dos fabulosos irmãos Broderik (Peter e Heather Woods), Benoît Pioulard (alter-ego de Thomas Meluch), Marco Mahler, Matthew Robert Cooper (o sr. Eluvium) e tantos outros...


24
Jun 10
joão semog, às 17:22link do post | comentar

 

Quem já ouviu falar de David Santos? Quem já teve a sorte de o ver cantar e tocar? É sempre bom falar (bem) de um músico português. Noiserv é o seu projecto. É simples com a voz mas tem garra (assim eu gostava de cantar). É hábil com os instrumentos e sozinho faz a sua música com a imprescindível ajuda da máquina mágica que controla com os pés. Grava, reproduz, sobrepõe, orquestra... num efeito multi-camada de sonoridades repetitivas. Qual artista de rua, uma espécie de tocador de realejo moderno que faz parar as crianças. David toca guitarra, sintetizadores, metalofones, melódica, megafone, caixa de música, máquina fotográfica… A 19 de junho o seu palco foi o Jardim da Estrela em Lisboa. Esteve como pato na água (no lago atrás) (que pararam para o ouvir). Sentimos uma lufada de ar fresco enquanto o vento fazia as folhas vibrar e aplaudir... Bontempi para Noiserv!

 

fotografia de joão semog

publicado a 25 de junho


17
Mai 10
joão semog, às 09:47link do post | comentar

 

O concerto de Rufus Wainwright na Aula Magna foi especial. A primeira parte foi um sonho. Fechámos os olhos. Ouvimos uma voz e um piano, poderosos mas tristes. Um inédito e absoluto silêncio na sala, fúnebre. Na segunda parte acordámos e ainda hipnotisados assistimos à verdadeira exposição da intimidade do músico canadiano. Entrámos na sua alma, nos seus sonhos, no seio da sua família de músicos. Estivemos com ele na sala da casa Wainwright. Foi uma maravilhosa ode à família. Rufus esteve sempre sozinho ao piano mas ao seu lado estiveram a mãe Kate McGarrigle, o pai Loudon, a irmã Martha, a tia Anna. Profundo e tocante, como a sua música.

publicado a 28 de maio de 2010 


16
Abr 10
joão semog, às 19:44link do post | comentar

 

Hallelujah é uma canção de 1984 de Leonard Cohen. É perfeita e é, provavelmente, a canção com mais versões de sempre (são pelo menos 200 os músicos que fizeram covers). Embora só conhecendo algumas, arrisco que a interpretação de Jeff Buckley é irremediavelmente imbatível. No entanto, depois de assistir ao concerto no Teatro Maria Matos, atrevo também escolher a interpretação de Susanna and the Magical Orchestra como a segunda melhor de sempre, quer na abertura do álbum Melody Mountain de 2006, quer na versão ao vivo que encerrou de maneira inesquecível a actuação deste duo norueguês. Momento único de grande espiritualidade e magia.


20
Mar 10
joão semog, às 15:16link do post | comentar | ver comentários (1)

 

Owen Pallett fez magia no Teatro Maria Matos. O músico canadiano veio promover Heartland, o seu terceiro e mais recente trabalho. A imagem que novamente me ocorreu durante a sua actuação foi a do flautista de Hamelin, neste caso violinista. A sua figura esguia manobrando o violino desarma-nos. Enfeitiça-nos a mestria e magia como o usa, juntamente com o teclado e, claro, com a máquina mágica que habilmente controla com os pés. Grava, repete, sobrepõe, orquestra...um rodopio de sonoridades circulares que tanto enchem o espaço como solenizam o tempo. Teve três momentos grandiosos - Lewis takes off his shirt, This lamb sells condos e, especialmente, Song song song. No final desci lentamente à terra e, como simples mortal irremediavelmente apaixonado pela música, não pude ficar indiferente quando, a caminho do carro, encontrei Owen sentado a fumar um cigarro à porta de entrada dos artistas. Falámos um pouco e assinou-me o disco que acabara de comprar. Owen, you made my day. Thank you.


27
Fev 10
joão semog, às 10:00link do post | comentar

 

Desde a inolvidável noite de 15 de Outubro de 2006, no Club Lua em Lisboa, em que tive o privilégio de assistir ao espectáculo-solo de Owen Pallett, vulgo Final Fantasy, que o sigo, qual flautista de Hamelin, na garantida expectativa de que tudo o que saia da mente deste criativo músico e violinista canadiano seja de alta qualidade. Foi assim com os dois primeiros trabalhos Has a good home de 2005 e He poos clouds de 2006. E, posso agora confirmar, também com o recentíssimo Heartland, que será seguramente comprovado nos concertos agendados para Março em Portugal. Owen Pallett não tenta ser alguém senão exclusivamente ele próprio e daí resulta inevitavelmente grande genuinidade. Sendo também original e especial não tem comparação.

publicado a 26 de fevereiro de 2010

joão semog
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